Pollyana Gama
Vereadora pelo PPS, escritora, professora
e mestre em Desenvolvimento Humano
Ano novo, vida nova! O antigo jargão popular ainda muito utilizado no início de cada ano não deixa de permanecer atual e pode representar inúmeros significados como o de esquecer o que de ruim aconteceu e/ou assumir novos ou antigos desafios.
O ano de 2014 chega com a agenda repleta de
acontecimentos em nosso país. Desde a Copa do Mundo da Fifa, considerado o
maior evento esportivo do mundo, até as eleições quando escolheremos presidente,
governadores, deputados e senadores. Escolhas geram consequências. Importante
lembrar que o hoje é resultado de vários “ontens” e o amanhã depende de nós, de
nossas escolhas. Lembre sempre disso.
Em Taubaté, sabemos que o calendário político
permanece indefinido com a possibilidade de nova eleição municipal caso o TRE
(Tribunal Regional Eleitoral) confirme a cassação do mandato do prefeito. Ou
seja, mais um ano político tenso nesta década, paralelo a agenda nacional, com probabilidades
de mudanças significativas. O importante, independentemente do desfecho deste
processo, é que esta situação se resolva o quanto antes, pois o desenvolvimento
planejado e sustentável da cidade exige “segurança” em todos os seus setores.
Mas, afinal, o que queremos para 2014? O que
faremos e como faremos mediante a estas previsões e acontecimentos? Bem, para
começo de conversa, o estereótipo do “quanto pior melhor” é algo que deve ser
banido das atitudes e sentimentos de um ser humano que tenha por premissa
colaborar com a coletividade, e é por essa razão que fico confortável ao
expressar e registrar o que fiscalizei e observei melhorar, avançar. Aqui,
expresso parte da minha avaliação que pode ser diferente da sua, mas ambas
podem ampliar nossa visão e colaborar para ações necessárias.
Na Educação, se por um lado não houve o Plano
de Carreira para o Magistério e faltou melhor estrutura de trabalho, cobertura
das quadras e até a revisão salarial (para professores e todos os servidores...
absurdo e inaceitável), observei ao longo do ano a adesão da rede ao programa “Alfabetização
na Idade Certa” e o compromisso e vigor dos professores em encontro recente
para capacitação; a reinclusão de nossa cidade no “Programa Nacional do Livro
Didático”; o início de melhorias na qualidade da merenda escolar; creches sendo
construídas; ampliação de vagas para o período integral; processos seletivos
internos para ocupação de cargos comissionados como diretor de escola e
supervisão tendo por critério ser professor efetivo na rede.
Na Saúde, problemas antigos continuam e
promessas de campanha como AME (Ambulatório Médico de Especialidades) quase não
se tornam realidade não fosse o empenho de todos os vereadores, inclusive eu,
somado aos deputados Davi Zaia, padre Afonso Lobato, Fernando Capez e Poder
Executivo local para que fosse confirmado, na semana passada, pelo governador
Geraldo Alckmin – agora, acompanhar a execução.
No entanto, enquanto a atenção básica do
município não recebe investimento adequado, registrei avanços quanto ao
abastecimento e organização no almoxarifado responsável pelo armazenamento e
distribuição de medicamentos e realização de cursos com enfermeiros para
atendimento de pacientes ostomizados. Quanto ao atendimento cirúrgico efetuado
no Hospital Regional, importante o registro da realização de mais de mil
cirurgias de catarata e de otorrino que zeraram filas de espera de 3 a 4 anos.
Por outro lado, as constantes manifestações sobre falta de leitos para
internação e UTI.
Na área social tivemos um avanço
significativo quanto ao congelamento de núcleos de favelas e a implantação do
aluguel social para atendimento de famílias socialmente vulneráveis.
Realizou-se a conferência da assistência social e tem-se organizado com rigor os
critérios para subvenção às entidades. Outros pontos interessantes merecem
nosso respeito como o Balé da Cidade ter nos representado em Portugal e as
vitórias do nosso handball masculino e Famuta em torneios/concursos nacionais.
Segurança, trânsito, transporte público,
obras, limpeza urbana/ rural precisam de muitos “feitos” para que possamos
visualizar e afirmar melhorias. Seja qual for o acontecimento previsto ou
necessário, o mais importante é fazer acontecer a realidade que queremos. Com
esse balanço podemos ver que nem tudo está perdido, mas que há muito a ser
feito para a tão sonhada dignidade e justiça social.
Há esperança, pois existem pessoas capazes de
ir além das reclamações. Existem pessoas de ações. É disso que precisamos:
seres humanos exigentes e conscientes da sua própria contribuição no dia a dia
de sua comunidade. Algo próprio de quem vigia, exige direitos e,
concomitantemente, cumpre mais que o seu dever, cumpre um propósito de vida.
Qual o seu propósito no ano que chega?
Veja o artigo publicado no jornal "Gazeta de Taubaté":