terça-feira, 21 de setembro de 2010
Debate no Colégio Anglo
Na noite da última sexta-feira, participei de um debate promovido pelo Colégio Anglo de Taubaté, na companhia de demais vereadores. O tema principal foi educação e propostas para o setor, tendo em vista o período eleitoral.
Abaixo, segue as perguntas dirigidas à mim pelos alunos, seguidas das respectivas respostas.
Pergunta alunos: O Brasil possui um ensino extremamente desenvolvido no que diz respeito ao ensino superior. Em contrapartida, o ensino fundamental público apresenta diversas deficiências. Torna-se difícil o ingresso de alunos (que estudaram no ensino público) no ensino superior. Uma das maneiras adotadas por vários países e não muito presente no Brasil, é o uso do esporte como forma de dar oportunidade a esses alunos. Não seria uma medida de inclusão melhor do que as cotas?
Resposta Pollyana: Apesar de ser positivo o fato do esporte gerar, em outras realidades, oportunidade de cursar o ensino superior, penso que em nosso país a oportunidade real se fará com educação básica de qualidade, que permitirá acesso e permanência no curso superior. Caso contrário, poderá oportunizar o acesso, mas e a permanência?
Pergunta alunos: O que você pensa sobre inclusão social em escolas? Você acha que os professores da rede pública têm uma boa formação para atender esses alunos? Se for eleita, tem algum projeto para melhorar a situação dessas pessoas?
Resposta Pollyana: A inclusão é um tema muito discutido entre os educadores brasileiros. Pior que a “não inclusão” é “fazê-la inadequadamente”. Permitir a inclusão não é tão somente permitir que um aluno com deficiência freqüente uma “turma regular”. É potencializar suas habilidades em prol de seu desenvolvimento. Muitos professores queixam-se por não se sentirem seguros o bastante para conduzir o processo educacional de uma criança, por não conhecerem com profundidade a deficiência apresentada, como também e, principalmente, os meios que permitirão seu desenvolvimento harmonioso.
Eleita, penso que melhorar o processo de inclusão é viabilizar na formação do professor, da equipe escolar, infraestrutura adequada, como criação de equipes de apoio técnico, pedagógico (Ex: fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta...).
Pergunta alunos: A senhora não acha que o aluno formado em escola técnica se torna um pouco limitado? O jovem pode até sair com emprego garantido, mas a senhora não acha que a perspectiva de crescimento desses jovens são pequenas, dada a especificidade de sua formação?
Resposta Pollyana: Não limita, até porque além das matérias próprias do curso técnico, há matérias do núcleo comum. A perspectiva será pequena se o jovem a definir assim. O jovem empregado, muitas vezes, utiliza-se da própria renda para garantir seu curso superior, ampliando o seu conhecimento, sua formação.
Pergunta alunos: O que você fez como vereadora para ajudar na educação de Taubaté?
Resposta Pollyana: Tenho a felicidade de poder ter fiscalizado, legislado e contribuído para: a criação de mais cargos para professores; realização de concurso público; criação do Conselho Municipal de Educação; Estatuto do Magistério; Projeto de Lei apresentado em Brasília que pede a desvinculação do conceito de receita corrente líquida dos entes federados, das verbas do Fundeb, para que os recursos sejam melhor aplicados na remuneração dos profissionais da Educação, sem esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal; retorno das aulas de Ensino Religioso e aulas-treino de Educação Física; Projeto de Lei instituindo o Diploma Educador Taubateano do Ano e Projeto Escola vai à Câmara.
Pergunda alunos: Recentemente foi denunciado pelo Fantástico, “falsos” cursos para vereadores, nos quais os mesmos foram flagrados passeando e se divertindo com o dinheiro público no horário em que seria realizado o suposto curso. Gostaria de saber o que você, como vereadora, tem a dizer sobre o assunto e toda corrupção no país?
Resposta Pollyana: Tais ações são absurdas, um exemplo do quanto há autoridades públicas que não sabem a diferença entre bem público e privado. É preciso trabalhar na construção do “valor público”, porque a corrupção (palavra que vem do latim que é corruptio, termo ligado ao interrompido) não interrompa o desenvolvimento da soberania da nação brasileira.
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Prof. Pollyana
ResponderExcluirMuito bom este artigo e sua participação na sociedade de Taubaté.
Nos traz oportunidade de conhecê-la melhor e perceber que existem políticos compromissados com o bem comum.
Um abraço