Os vereadores Pollyana Gama (PPS) e Luizinho da Farmácia (PR) entre os presidentes de Lojas Maçônicas de Taubaté, após a Sessão Solene desta terça |
O plenário da Câmara de Taubaté estava
repleto, predominantemente de homens, na solenidade do “Dia do Maçom”,
realizada na noite desta terça-feira, 20. Organização com tradição masculina, a
maçonaria também reuniu mulheres na cerimônia, entre elas a vereadora Pollyana
Gama (PPS), primeira mulher a ocupar a tribuna como oradora nesta Sessão,
instituída em 1982.
A participação feminina na maçonaria
foi destaque no discurso da vereadora, que confessou ter sido instigada a
pesquisar sobre o assunto, em virtude dos questionamentos de pessoas surpresas
diante do fato de ser uma mulher a oradora.
“Sabe-se ser tradição maçônica as
mulheres não participarem das reuniões secretas. O que muitos não sabem é que
são as elas que permitem ou não a realização dos encontros, pois dão a palavra
final, autorizando os homens, seus maridos, a integrarem a irmandade ou, quando
integrados, se participarão das reuniões”, sublinhou Pollyana, ao começar a
descortinar os bastidores da atuação feminina.
A parlamentar citou o papel da
maçonaria a partir da percepção de seus integrantes, para aprofundar a reflexão
sobre a função das mulheres na organização. “É uma escola de aperfeiçoamento a
fim de transformar homens em excelentes chefes e pais de família, exemplos de
vida para seus filhos e esposas, logo, sociedade. Maçonaria significa zelo pelo
ser humano, pelo bem-estar do próximo, pelo convívio social digno e adequado,
fundamentais para uma sociedade com menos desigualdade.”
“Sabe-se que a Ordem Maçônica
Universal tem o propósito de preservar os valores da liberdade, igualdade, fraternidade,
da fé, esperança e caridade para todos os povos, sem distinção de fronteiras,
convicções políticas ou religiosas”, continuou. “Atribui-se às mulheres o
respeito e admiração a que têm direito pelo exercício do grande papel
civilizador e propulsor do progresso. Para os maçons, a mulher é a deusa do
lar, é aquela que reúne a família em torno de si, que auxilia o marido,
ocupando-se das tarefas do lar e da educação moral dos filhos, inspirando-lhes
sentimentos de afetividade e de moral sobre os quais se assenta a sociedade”,
completou.
Pollyana lembrou a flor de acácia,
símbolo da maçonaria, e comparou as mulheres dos maçons à flor “que representa segurança,
clareza, e também inocência e pureza”. Representando, então, as “acácias de
Taubaté”, homenageou Leila Guimarães Groh, esposa de Henrique Ricardo Emílio
Groh, presidente da Loja Frei Caneca.
A vereadora evidenciou trabalhos
sociais realizados pelas esposas de maçons e Taubaté, na fabricação e doação de
fraldas geriátricas para instituições e junto a crianças carentes na zona
rural. Por meio de vídeo produzido pelo Memorial da Câmara, o olhar feminino
sobre a maçonaria foi apresentado, com o depoimento da comandante do 5º BPM-I
(Batalhão de Polícia Militar do Interior), major Eliane Nikoluk, e da
presidente da Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais), Mércia
Agostinho.
A sessão foi presidida por Douglas
Carbonne (PCdoB) e contou com a participação do vereador Luizinho da Farmácia
(PR).
Princípios
- Membro da Loja
Maçônica Frei Caneca, Aguinaldo Silva foi homenageado e, nos agradecimentos, fez
referência ao fato de uma mulher ser oradora da Câmara pela primeira vez na
solenidade. Parabenizou Pollyana pelo empenho nas pesquisas sobre o tema.
Aguinaldo fez uma reflexão sobre a
violência que assola o mundo atual e revelou um dos princípios da maçonaria
para propor uma atitude aos maçons e não maçons na construção de um mundo
melhor. “O verdadeiro maçom tem por missão juramentada socorrer os oprimidos,
crianças e mulheres, lutar contra todos aqueles que atentam contra a liberdade,
igualdade e fraternidade, sempre proteger o mais fraco, implementar seu esforço
na luta contra violência e intolerância.”
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