O número de habitantes, de matrículas em educação básica do Estado de São Paulo e percentagem de alunos em Taubaté foram esmiuçados, inclusive o fato da cidade possuir uma escola de ensino médio antes mesmo da obrigatoriedade exigida pelo governo estadual. “Nesta tabela percebe-se que é preciso intensificar o número de creches para crianças de zero a três anos. Até há pouco tempo essa responsabilidade era apenas do município, ou seja, tínhamos mais responsabilidades e menos recursos para a educação. Hoje contamos com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), pois a União deve assumir o seu papel, afinal a maior parte do bolo tributário é dela”, disse Pollyana.
Dados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostram que várias cidades do Vale apresentam notas acima das médias nacional e estadual, uma delas é Taubaté.
Chegada a sua hora, Mozart esclareceu que, mais do que analisar os dados do ensino, é preciso criar uma co-responsabilidade. “Governo não faz mudança se a sociedade não abraçar e a sociedade precisa abraçar a educação.” Ele afirmou, baseado em pesquisas, que em 2006 a educação básica no Brasil ficou em sétimo lugar em termos de investimentos por parte do governo e que em 2007 alcançou a sexta posição, ficando atrás de campanhas de combate a violência e as drogas.
Mozart também apresentou as cinco metas do movimento, as quais devem ser alcançadas até 2022: 1º- Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola. 2º - Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos. 3º - Todo aluno com aprendizado adequado à sua série. 4º - Todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos. e 5º - Investimento em Educação ampliado e bem gerido. “É preciso parar com a perpetuação do analfabetismo, pois um filho de pai analfabeto tem 32% de probabilidade de ser também. O Brasil está na liderança na América Latina na formação de pesquisadores, forma mais de dez mil doutores por ano e ainda tem pessoas sem saber ler e escrever. A aprendizagem dos alunos é o grande desafio do Brasil. Imaginar que a responsabilidade é só do professor, é uma forma simplista de pensar no problema e a gente só vai mudar isso quando o professor for reconhecido e a educação for responsabilidade de todos”, argumentou.
Mozart definiu que o engajamento ao movimento não deve ser somente das empresas, mas sim dos cidadãos. “A empresa deve ter um compromisso social. Depois pode ajudar em campanhas mobilizadoras. Solidariedade não é puxar alguém pelo braço, é caminhar ao lado.” Ele deixou claro o interesse de instalação em Taubaté, de um dos pólos de trabalho que o movimento pretende criar por todo o país. Desta forma, a vereadora Pollyana seria a indicada para presidir o pólo do Vale do Paraíba, em virtude de sua iniciativa.
Para finalizar, Mozart exibiu um vídeo em que personalidades aparecem defendendo a importância da educação para o país e entregou um kit do projeto para os diretores do DEC (Departamento de Educação e Cultura), Prof. Ivo Salinas, e da Anhanguera, Carlos Miglinsk. Pollyana presenteou Mozart com um pavão em artesanato, confeccionado na Casa das Figureiras. Uma nova visita do presidente do movimento já está agendada para que as empresas possam fazer adesão.
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