segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pollyana denuncia obra suspeita
no centro de Taubaté


Hoje (09/04), por volta das 8h45, passei pela Rua Emílio Winther e notei uma obra em ritmo acelerado ao lado da Doceria Nívea.

No local já funcionou bar, lanchonete e "quase" um bingo (não me recordo se o bingo chegou a funcionar). Na fachada, “Casa da Cultura Mazzaropi”. Pensei: Será por parte da Prefeitura? Fui conferir.

Confirmei a hipótese de ser por parte da Prefeitura.

Ao solicitar o responsável pela obra, indicaram-me a Silvana Rocha que informou estar cuidando da decoração do ambiente não podendo informar detalhes do projeto como também do valor do aluguel.

Após questioná-la sobre o porquê de não se estar implantando a já referida Casa da Cultura no SEDES ou no prédio do antigo Departamento de Educação, respondeu-me que no SEDES é previsto o Museu do Caipira e para o prédio do antigo DECE, o Portal das Artes.

Pediu para que eu não fotografasse. Neguei o pedido. Fotografei. Como estou sem o cabo para passar as fotos para o computador, amanhã (10/04) postarei as fotos.

A pergunta que faço é: com tantos espaços públicos para serem melhor utilizados (como por exemplo o próprio prédio onde está instalada a Secretaria de Cultura) e com um verdadeiro Museu Amácio Mazzaropi já instalado no Hotel Fazenda Mazzaropi por meio do Hotel e Instituto Sapucaia e parceiros (com o qual a PMT poderia estabelecer parcerias), qual o motivo para ALUGAR um prédio particular e fazer as coisas com tanta correria???

Outra pergunta: Por que não utilizar prédios públicos e recuperar os prédios que estão hoje abandonados (além do prédio do antigo DECE que abriga painéis do Mestre Justino, temos Vila Santo Aleixo cuja restauração engatinha)?

Buscarei informações sobre o custo.

Enquanto isso, aquelas duas senhoras com seus filhos, que postei a situação na semana passada, continuam morando em barracos no Bairro Gurilândia; no mesmo bairro o Pronto Atendimento dispõe apenas de um banheiro na recepção para atender homens e mulheres; o AME - Atendimento Médico Especializado - já poderia ser realidade e os recursos utilizados hoje (por volta de R$ 60 milhões) para fazer o que o AME poderia já estar fazendo, poderiam estar sendo investidos em setores com mais necessidades, como por exemplo, para adquirir ambulâncias e aumentar número de leitos.

Você pode perguntar agora: Pollyana, e qual a relação da Casa Da Cultura Mazzaropi com esses assuntos?

A relação está na falta de compreensão do que é de fato pensar, planejar e agir para o desenvolvimento e perpetuação da cultura do nosso povo. Há uma inversão de valores, de prioridades. A cultura precisa de investimentos, mas principalmente de gestores dotados de sensibilidade e capacidade para otimizarem os recursos disponíveis (materiais, não materiais, humanos) e estabelecerem parcerias para potencializá-los. Enquanto, provavelmente, se aluga um prédio de alto custo, há outros que nem restaurados, cuidados são, há os que podem ser utilizados e não são e o pior, há pessoas morando em barracos...

"Querido Mazzaropi, você, onde estiver, sabe que a leitura que faço dessa situação não tem por objetivo desprestigiá-lo. Espero ter utilizado aqui, como você, a língua que o povo entende. Até porque, pelo o que conheço das suas histórias, não podemos fechar os olhos diante de tantas contradições".

Um comentário:

  1. Realmente, muito estranho esta obra!
    Tantos prédios publicos, espaços e museus na cidade, e a Prefeitura, aluga um prédio particular/privado para montar esta casa da Cultura!
    Precisamos investigar mais este ato do atual Prefeito....

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