Hoje (09/04), por volta das 8h45, passei pela Rua Emílio Winther e
notei uma obra em ritmo acelerado ao lado da Doceria Nívea.
No local já funcionou bar, lanchonete e "quase" um bingo (não
me recordo se o bingo chegou a funcionar). Na fachada, “Casa da Cultura
Mazzaropi”. Pensei: Será por parte da Prefeitura? Fui conferir.
Confirmei a hipótese de ser por parte da Prefeitura.
Ao solicitar o responsável pela obra, indicaram-me a Silvana Rocha que
informou estar cuidando da decoração do ambiente não podendo informar detalhes
do projeto como também do valor do aluguel.
Após questioná-la sobre o porquê de não se estar implantando a já
referida Casa da Cultura no SEDES ou no prédio do antigo Departamento de
Educação, respondeu-me que no SEDES é previsto o Museu do Caipira e para o
prédio do antigo DECE, o Portal das Artes.
Pediu para que eu não fotografasse. Neguei o pedido. Fotografei. Como
estou sem o cabo para passar as fotos para o computador, amanhã (10/04)
postarei as fotos.
A pergunta que faço é: com tantos espaços públicos para serem melhor
utilizados (como por exemplo o próprio prédio onde está instalada a Secretaria
de Cultura) e com um verdadeiro Museu Amácio Mazzaropi já instalado no Hotel Fazenda
Mazzaropi por meio do Hotel e Instituto Sapucaia e parceiros (com o qual a PMT
poderia estabelecer parcerias), qual o motivo para ALUGAR um prédio particular e fazer as coisas com tanta
correria???
Outra pergunta: Por que não utilizar prédios públicos e recuperar os
prédios que estão hoje abandonados (além do prédio do antigo DECE que abriga
painéis do Mestre Justino, temos Vila Santo Aleixo cuja restauração engatinha)?
Buscarei informações sobre o custo.
Enquanto isso, aquelas duas senhoras com seus filhos, que postei a
situação na semana passada, continuam morando em barracos no Bairro Gurilândia;
no mesmo bairro o Pronto Atendimento dispõe apenas de um banheiro na recepção
para atender homens e mulheres; o AME - Atendimento Médico Especializado - já
poderia ser realidade e os recursos utilizados hoje (por volta de R$ 60
milhões) para fazer o que o AME poderia já estar fazendo, poderiam estar sendo
investidos em setores com mais necessidades, como por exemplo, para adquirir
ambulâncias e aumentar número de leitos.
Você pode perguntar agora: Pollyana, e qual a relação da Casa Da
Cultura Mazzaropi com esses assuntos?
A relação está na falta de compreensão do que é de fato pensar,
planejar e agir para o desenvolvimento e perpetuação da cultura do nosso povo.
Há uma inversão de valores, de prioridades. A cultura precisa de investimentos,
mas principalmente de gestores dotados de sensibilidade e capacidade para
otimizarem os recursos disponíveis (materiais, não materiais, humanos) e
estabelecerem parcerias para potencializá-los. Enquanto, provavelmente, se
aluga um prédio de alto custo, há outros que nem restaurados, cuidados são, há
os que podem ser utilizados e não são e o pior, há pessoas morando em
barracos...
"Querido Mazzaropi, você, onde estiver, sabe que a leitura que
faço dessa situação não tem por objetivo desprestigiá-lo. Espero ter utilizado
aqui, como você, a língua que o povo entende. Até porque, pelo o que conheço
das suas histórias, não podemos fechar os olhos diante de tantas contradições".
Realmente, muito estranho esta obra!
ResponderExcluirTantos prédios publicos, espaços e museus na cidade, e a Prefeitura, aluga um prédio particular/privado para montar esta casa da Cultura!
Precisamos investigar mais este ato do atual Prefeito....