A vereadora Pollyana Gama (PPS) participou ao vivo nesta quarta-feira,
27, do programa Radar Noticioso, da rádio Metropolitana FM, e foi entrevistada
pela apresentadora Flávia Giovanna sobre as eleições municipais deste ano.
A vereadora Pollyana Gama (PPS) participou ao vivo nesta quarta-feira,
27, do programa Radar Noticioso, da rádio Metropolitana FM, e foi entrevistada
pela apresentadora Flávia Giovanna sobre as eleições municipais deste ano.
Pollyana durante entrevista à jornalista Flávia Giovanna, na Metropolitana |
Pollyana confirmou que é pré-candidata a prefeita de Taubaté. A
parlamentar também disse durante a entrevista que o PPS vai discutir uma
possível coligação durante o encontro do partido neste sábado, 30, às 15h, no Plaza
Suíte Hotel.
“A única coisa que a gente ainda não definiu é por conta desse impasse
do tempo de TV, do PSD, que esperávamos que já estivesse sido resolvido na
semana passada, mas adiaram para hoje. O nosso acordo entre PPS e PSD foi
esperar as possibilidades para que tivéssemos um quadro mais favorável, daí a
nossa coligação chegaria a quatro minutos e meio”, disse.
A vereadora disse que o PPS vai continuar com a mesma filosofia de
candidatura, mesmo não entrando em acordo com PSD. Para Pollyana, o tempo de TV
não vai alterar na formatação da campanha eleitoral do seu partido.
Entretanto, a apresentadora salientou que existe um “boato” de que Mário
Ortiz (PSD) está sendo assediado para sair como vice-prefeito do candidato
Padre Afonso Lobato (PV). Pollyana revelou que esse assédio não é exclusivo do
PV. Além do PV, o PSDB também procurou Pollyana Gama e Mário Ortiz para
comporem uma chapa única.
“Na semana passada houve uma sondagem do nome do Mário [Ortiz] quanto do
meu para compor como vice [prefeito] na chapa do PSDB. No ano passado, em
dezembro, o próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB) me pediu isso. Mas, ele
entendeu (havendo segundo turno em Taubaté) que é a maneira do PPS colocar uma
proposta. É claro que o Padre [Afonso] fez esse convite tanto para o Mário
quanto para mim, mas o objetivo é de que eu e o Mário caminharmos juntos”,
disse.
Quando questionada sobre quem seria vice de quem, Pollyana respondeu que
não há definição. “Eu acredito na coerência do PPS e do PSD. A história minha
com a do Mário começou comigo como vereadora apoiando o Mário pra prefeito.
Depois estivemos juntos coligados na última [eleição] e fomos os dois eleitos.
Tem uma história de amizade com o Mário e a Simone, (mulher do vereador), que é
uma mulher de fibra. Esse burburinho pode querer gerar impasse, o que não vai
acontecer”, contou.
Flavia Giovanna questionou a vereadora sobre a importância de ser
vice-prefeito. A apresentadora disse que na hora das eleições, o vice é muito
importante, porém, caso o pré-candidato venha a ser eleito, o vice perde a
importância e “acaba ganhando um ‘carguinho’ de secretário”. Pollyana disse que
acredita na proposta de governar juntos.
“A proposta é um governo em conjunto, tanto o PPS quanto o PSD possuem
quadros altamente técnicos e proporcionais e, acima de tudo, pela causa pública
para colocar a cidade no eixo. Não há obrigação de ambas as partes de um ser
vice do outro, o que há é um comprometimento com o outro”, disse.
A vereadora esclareceu que existe a possibilidade de tanto ela quanto
Mário Ortiz recusar o convite de um ser vice do outro. “Se eu for a candidata
[prefeita] pode ser que o Mário não seja [candidato a vice-prefeito]. Ele pode
falar que prefere ocupar outra posição, e pode acontecer isso comigo também”,
revelou. “Estamos tratando isso com muita seriedade. Tem que ter serenidade, e
muita coerência nas ações.”
Quanto a ir para o segundo turno, Pollyana disse que não é o momento
para pensar nisso, e sim compor uma proposta saudável para oferecer à
população, visando proteger a cidade. “Segundo turno é outro processo. Se
entrar nisso, vou cair na vala comum, desse pessoal que está escolado em
politicagem e faz da política um negócio.”
A apresentadora disse que ninguém entra na eleição para perder, e
questionou a vereadora se ela acredita mesmo que possa ir para o segundo turno
e vencer as eleições. “Lógico que acredito, porque acima de tudo acredito o que
nos tem movido nesse processo. Assim como eu, a população está indignada com
tudo o que está acontecendo na cidade. Até quando a gente vai deixar o dinheiro
falar mais alto? Temos que fazer um alerta para a população, tem que tomar
cuidado porque volumes de dinheiro para a campanha muitas vezes são pagos com
dinheiro nosso.”
Após a declaração da vereadora, Flávia Giovanna concordou que os taubateanos
estão mesmo indignados com tantos escândalos. “Os vereadores têm parte de culpa
nisso, não todos, mas a Câmara. A Câmara não decide sozinha, muita das coisas
que aconteceram por falta de fiscalização e depois ainda passaram pela Câmara,
mesmo sabendo que estavam irregulares, os vereadores deixaram passar. A culpa é
da Câmara também.”
Flávia Giovana disse que acompanha diversos escândalos na Prefeitura de
Taubaté, alguns passaram pela Câmara “e nada aconteceu”. “Como dizem por aí,
virou pizza. Eu disse que os vereadores têm responsabilidade nisso, e não é só
a Prefeitura”.
A apresentadora perguntou como fica a composição da Câmara para o ano
que vem. Pollyana chamou a atenção da população para que os munícipes votem
conscientemente e procurem saber do histórico e do compromisso do candidato a
vereador.
“Por que falo isso? No ano passado, no processo de cassação do prefeito
nós precisávamos de 10 votos, nós tivemos oito votos, não conseguimos cassar
porque precisa de 10. Por mais que você faça a sua parte de fiscalizador, você
sempre vai ter que ficar atento à lei. Infelizmente, só tivemos oito vereadores
pela cassação.”
Outro exemplo citado pela vereadora foi o caso das lousas digitais, onde
pagaram R$ 30 mil a unidade. “Nós entramos com requerimento, fizemos reuniões
com secretários e pessoas responsáveis por essa situação e barramos a compra”,
disse.
Citou também o caso das apostilas, ao custo de R$ 30 milhões no primeiro
mandato. No segundo mandato, foi fiscalizar o pregão e teve uma economia de R$
7 milhões. Disse que tem ressalvas com relação às apostilas, que poderiam ser
feitas junto com a Unitau.
Flávia Giovanna complementou o discurso da vereadora, dizendo: “Não é o
vereador que vai te dar cesta básica, bolsa na Universidade de Taubaté, não é o
vereador que vai pagar sua conta de luz e nem a sua conta de água. Ele não
governa junto com a Prefeitura, ele (vereador) tem o poder de fiscalizar e
fazer as leis que o prefeito vai ter que seguir”.
Pollyana salientou que o eleitor não pode ser ingênuo. “Você não precisa
ser político para fazer caridade. Quantos de nós somos cristãos e temos ações
solidárias? Conheço pessoas que fazem muita caridade, muito mais que político,
e não é político. Sobreviver na política assim é muito triste. Não venda o voto.
O empregador quer saber o seu antecedente criminal, onde você trabalhou. Se eu
vou escolher alguém para ser o prefeito da minha cidade ou vereador, temos que
entender que prefeito e vereador estão lá para servir, ou seja, é empregado do
povo.”
Questionada pela apresentadora se ela acha que muda muito a composição
da Câmara para 2013, Pollyana disse que eleição é uma caixa de surpresa.
Lembrou que em 2004 teve uma “mudança brutal”. Ela disse que é difícil, pois
depende das coligações e do quociente eleitoral.
“A população hoje está mais atenta, mais crítica, ao ponto de
participar, o que nos ajuda cada vez mais trilhar pelo caminho do bem comum, do
coletivo. Nós vamos ter mudanças sim, porque se for me basear do que estou
sentindo nas ruas, essa situação de indignação, a violência está gritante em
Taubaté, a questão da saúde, limpeza nos bairros, iluminação, tudo isso faz com
que a gente perceba que a população está mais de olho. Espero que esteja cada
vez mais criteriosa para fazer suas escolhas”, disse Pollyana.
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