Ideia
era garantir campanha limpa em Taubaté por uma cidade sustentável;
Justiça
limita proibição apenas à região central da cidade
A Justiça
Eleitoral de Taubaté convocou na manhã desta quinta-feira, 12, os
representantes das cinco coligações que disputam o pleito deste ano para tratar
de assuntos ligados à propaganda política, atendendo sugestão proposta pela
vereadora Pollyana Gama (PPS).
O objetivo do
encontro era buscar um consenso entre as agremiações partidárias a fim de
evitar a poluição visual da cidade com a colocação de cavaletes que também
afetam a mobilidade urbana por conta das ruas e calçadas estreitas.
Todos os representantes
dos partidos políticos foram favoráveis à proposta encaminhada por Pollyana à
Justiça Eleitoral, mas, infelizmente, apenas a coligação PT/PMDB se manifestou contrariamente
à medida.
Por falta de
consenso, a Juíza de Direito da 407ª Zona Eleitoral de Taubaté, Márcia Rezende
Barbosa de Oliveira, proibiu a utilização destes instrumentos de propaganda
política apenas nas ruas da região central da cidade.
A permissão
para o uso deste tipo de propaganda está prevista na resolução 23.370 do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), mas a ideia era respeitar as pessoas com uma campanha
limpa. “Infelizmente as ruas ficarão mais sujas, o espaço nas calçadas ainda
mais reduzido para os pedestres e a mobilidade urbana ainda mais prejudicada”,
destaca Pollyana.
Lei em vigor – Recentemente o TSE referendou uma lei
municipal da vereadora Pollyana Gama (PPS) que “proíbe a colocação de
propaganda eleitoral de qualquer natureza nas árvores e nos jardins localizados
em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios”, durante as
eleições municipais de 2012.
A medida foi
tomada pelo órgão máximo da Justiça Eleitoral brasileira em março deste ano a
partir da alteração do texto da resolução 23.370/2011 do Código Eleitoral, que
veio ao encontro da lei municipal 4554/2011, de autoria da parlamentar
taubateana, e valerá em todo o país.
Uma das
finalidades da nova legislação é banir a poluição visual que é comum em
campanhas eleitorais. Normalmente, os candidatos não costumam recolher o
material utilizado que, em muitos casos, são descartados em bocas-de-lobo,
terrenos baldios, entre outros locais.
De acordo com
a lei municipal, o descumprimento das determinações acarretará ao responsável
pela infração notificação para regularização no prazo de 24 horas. Caso
persista a infração, será aplicada multa diária de 20 UFMTs (Unidades Fiscais
do Município de Taubaté), o que representaria cerca de R$ 2.600.
“Precisamos
ser incentivadores da preservação do meio ambiente para uma cidade sustentável.
A poluição visual é tão prejudicial quanto à poluição sonora, por exemplo. Um
desvio da atenção para ler um painel, por exemplo, pode causar um acidente e
comprometer vidas. Isso sem contar a sujeira que fica jogada por toda a cidade
desnecessariamente”, disse Pollyana.
No início do
ano, os pré-candidatos à Prefeitura de Taubaté participaram de um evento sobre
Sustentabilidade da Rede Nossa São Paulo, organizado na cidade pela empresa
“Opte pela Sustentabilidade”, onde assinaram uma “carta-compromisso” assumindo
a responsabilidade de implantar uma gestão sustentável no município.
Abaixo, a íntegra do ofício enviado pela vereadora Pollyana Gama e a resposta da Juíza:
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