terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013, o ano que parte

Pollyana Gama
Vereadora pelo PPS, escritora, professora
e mestre em Desenvolvimento Humano

O fim do ano chegou e, com ele, o momento tradicional de fazermos uma retrospectiva dos 365 dias que se foram, numa espécie de ‘balanço’ do que foi bom ou ruim. Penso que sempre teremos algo a melhorar, a avançar ou a conquistar, mesmo que estejamos satisfeitos com nosso desempenho pessoal e profissional. Neste aspecto, o tempo pode ser um aliado, desde que saibamos dar a ele o devido valor e evitemos seu desperdício.

O tempo precisa de gestão também! E isso o curso de Gestão do Tempo – do qual participei a convite da consultora Eliana Araújo, da Gente & Gestão – ofereceu ao oportunizar o conhecimento de ferramentas para otimiza-lo a fim de vivenciar a vida de forma equilibrada, alcançando os objetivos sem aquela sensação ruim do tipo ‘precisava de mais tempo’.

Uma sensação semelhante a do prefeito Ortiz Junior (PSDB) quando em nossa primeira reunião, em janeiro de 2013, compartilhou mais ou menos assim: “gostaria de colocar a casa em ordem em menos tempo, mas pelo que estamos vendo precisaremos de, no mínimo, uns seis meses”.

De uma situação como essa podemos aprender que estimar o tempo para colocar propostas em prática na nossa vida – ou no caso do prefeito, na vida de milhares de taubateanos – exige seriedade, respeito e, antes de tudo, conhecer as circunstâncias e os meios para efetuar o que se propôs.

Um exemplo: ao pretendermos reformar a casa em 2014 é primordial considerar os recursos que serão necessários para a execução da obra. Dinheiro é importante, assim como o roteiro das ações, as pessoas a serem contratadas e a ponderação, junto à família, quanto à viabilidade e ao tempo estimado para a realização do serviço.

E quando se trata de fazer reforma ou obra numa cidade? No caso, na nossa cidade? As propostas apresentadas durante o período eleitoral criaram na população uma expectativa quanto à eficiência e agilidade na resolução de problemas cotidianos. Salvo uma ponderação feita quanto ao tempo que se levaria para aumento das escolas integrais durante o mandato, a maior parte das propostas alimentou a esperança de solução imediata. A realidade, porém, revelou a falta de precisão por parte da administração quanto ao tempo.

Ao que nos parece, propostas foram lançadas no período eleitoral feito flechas de cupido, mas com objetivos diferentes: conquistar o voto e não o coração do eleitor. Conquistar o coração das pessoas depende de ações diárias, que fortalecem a relação estabelecida. Por mais que os recursos do marketing tenham a capacidade de emocionar as pessoas, ainda não dispõem da mesma eficácia quando o ‘produto’ oferecido não corresponde ao que se propôs. O amor, nesse caso, é exigente e relações duradouras se estabelecem com a confiança consequente das atitudes diárias, reais e não apenas de um período e televisivelmente.

Mas… nem tudo está perdido e, você eleitor, pode com suas experiências estabelecer comparativos para apurar o fazer da atual Administração no seu primeiro ano de exercício. A ‘Gazeta de Taubaté’ do último domingo fez um balanço de Governo e constatou que apenas 4% dos principais compromissos do prefeito foram cumpridos. De 53 promessas, apenas duas foram efetivadas (implantação da Atividade Delegada e treinamento da Guarda Municipal), outras 15 iniciadas e 36 estão paradas.

Concomitantemente às satisfações e/ou insatisfações, a agonia voltou e acentuou a insegurança da população, a começar pelos muitos que acreditaram que Taubaté viveria um novo tempo, sem notícias e manchetes destacando escândalos e/ou suspeitas de corrupção política. Ao contrário, o que se viu, foi um ‘tudo de novo’ triste e desconsolador, respeitados os diferentes motivos e contextos.

E 2013 passou com o tempo. Passou com alegria. Passou com tristezas, encontros, despedidas… Assim podemos parafrasear a canção ‘o mesmo ano que chega é o mesmo ano da partida’. Enquanto 2013 parte, 2014 chega, e, com ele, o tempo para fazer acontecer tudo o que ainda não foi feito, começando pela vida de cada um de nós, da nossa cidade, do nosso país. E qual a sua avaliação de 2013? E a previsão para 2014? Independentemente das respostas, considere, respeite, valorize o tempo. Ele também passa e é bom caminhar ao seu lado.

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