segunda-feira, 17 de março de 2014

Pollyana destaca que crítica faz parte
de processo de formação de leitores

Professora de literatura infantil e mestre em Desenvolvimento Humano,
parlamentar fundamenta argumentos em obras da pesquisadora Nelly Coelho


Durante reunião pública com a Secretária de Educação, Edna Chamon, na tarde desta segunda-feira, 17, na Câmara Municipal, a vereadora Pollyana Gama (PPS), presidente da Comissão de Educação, afirmou estar convicta de que não há certo ou errado quanto à polêmica dos livros. “Há, sim, um fato. E há leituras desse mesmo fato. O que pode ser bom para mim, pode não ser bom para o outro e vice-versa”, defende a vereadora, que convida à reflexão dos pontos positivos de toda a situação. “Há um tempo os livros de Monteiro Lobato foram queimados porque havia um grupo que os julgava insanos, profanos. Felizmente, isso já mudou, pois estamos em 2014”, discorre.

Pollyana salienta que tinha duas dúvidas, as quais foram sanadas. “Eu tinha dúvidas sobre o processo licitatório, mas com ajuda da minha assessoria observei que está correto. Inclusive, se alguém quiser analisar, está aqui comigo. Quanto à análise, como não tive acesso anteriormente a todos os kits, fiquei pensando que seria um kit para todas as faixas etárias, mas isso também já foi esclarecido”, comenta. A avaliação das obras passou por um corpo técnico que compôs os kits conforme a faixa etária dos estudantes.

Como autora de obras infantis, Pollyana lembrou que a literatura sempre está sujeita a dois tipos de críticas. “Existe a literária, feita por acadêmicos, estudiosos etc; e a social, feita por diversos segmentos sociais como antropólogos, pais, lideranças religiosas”. “Se há pais que enxergam que isso não se identifica com sua realidade, com o seu gostar (ou não), não é errado. Mas até para se dizer sim ou não a alguma coisa, é preciso que se conheça”, disse Pollyana.


A parlamentar, porém, discorda do posicionamento de quem afirma que as crianças não têm estrutura para perceber isso e cita, inclusive, a autora Nelly Coelho. “Precisamos acreditar mais no que nós ensinamos. Se ensinamos um valor para os filhos e queremos observar determinado conteúdo para provar se o valor foi bem construído, está aí a mostra. O complicado é achar que é só a visão da gente. Não é isso que vai desviar o filho de vocês de um caminho melhor. É isso que se reafirma aqui”.

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