quarta-feira, 7 de maio de 2014

Prefeitura de Taubaté é negligente
no combate à dengue, afirma Pollyana

Vereadora apela ao Executivo para que tome providências
urgentes a fim de evitar novo caos em 2015

Com quase 2 mil casos de dengue confirmados e 3 mortes suspeitas em Taubaté, a vereadora Pollyana Gama (PPS) voltou a apresentar números oficiais que confirmam a falta de investimento e planejamento da Prefeitura no combate ao mosquito transmissor da doença. Por meio de gráficos exibidos pela TV Câmara, durante a transmissão da 64ª Sessão Ordinária, na tarde desta quarta-feira, 7, Pollyana mostrou didaticamente que o Executivo deixa a desejar quando o assunto é vigilância (veja quadros abaixo).

A vereadora Pollyana Gama (PPS) durante discurso na Câmara Municipal
A informação foi extraída do relatório bimestral de execução orçamentária disponível no site da Prefeitura. Atualmente, 90 profissionais entre médicos, enfermeiros, entre outras funções atuam na prevenção, conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Stella Zollner, em entrevista concedida a jornais da região.

A portaria 2557/2011, do Ministério da Saúde, normatiza que dentre as ações de combate ao vetor é necessário garantir quantitativo de 1 agente para cada mil imóveis nas atividades de visitas domiciliares. Taubaté possui 109.846 endereços e uma população aproximada de 300 mil habitantes, conforme o Censo 2010 do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, portanto, precisaria de no mínimo 109 agentes. A cada bimestre, 80% dos domicílios devem receber pelo menos 4 visitas destes profissionais, o que não está ocorrendo.

A vereadora Pollyana Gama (PPS) aponta que a Prefeitura é negligente quanto à implantação de medidas preventivas. “Desde 2010, os números relativos à epidemia de dengue crescem assustadoramente no município. Portanto, o Executivo mostra-se negligente pela falta de planejamento e de agentes para trabalhar”, reforça.

Em 2013, do orçamento de R$ 7,2 mi para o gasto com Vigilância em Saúde, a Prefeitura executou R$ 5,8 mi (81%) e deixou de usar R$ 1,3 mi (19%) do total. Em 2014, dos R$ 7,9 mi disponíveis para o setor - a meta de investimento para o primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) foi de R$ 1,3 mi - foram executados R$ 800 mil (61%). Mais de R$ 500 mil não foram utilizados no período.

“Observamos queda no orçamento para os cuidados com a dengue considerando a proporção de aumento total para a saúde. Caso medidas urgentes não forem tomadas, em 2015 poderemos ter uma epidemia catastrófica em Taubaté. O negócio é muito sério e envolve vidas”, finalizou Pollyana.

Confira, abaixo, os quadros que detalham o orçamento da vigilância em saúde e a forma como a Prefeitura aplicou o dinheiro:





2 comentários:

  1. interessante suas colocações, quando for prestado contas do período junto Camara de Vereadores os valores estipulados deveriam fazer valer o mesmo peso como na educação, se tem a porcentagem estipulada no PPA e não foi cumprido resultado as contas deveriam ser rejeitadas também pois tem o mesmo peso da responsabilidade e sendo mais do que importantes, queria ver se o valor a ser utilizado não iria ser de 100%,... pois é, na minha opinião não pode existir dois pesos e duas medidas..!

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  2. Os casos de dengue em Taubaté, ultrapassa 13.000 casos, segundo informação do Médico Manfredini

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