menção
especial ao término da segunda guerra mundial e em reverência à memória das
vítimas do holocausto
Senhor
presidente, nobres pares, munícipes aqui presentes, telespectadores da TV
Câmara e a você que nos acompanha pela internet. Boa tarde!!!
Hoje
estamos aqui para fazer referência ao dia 8 de maio de 1945, data que marcou a
história mundial como o DIA DA VITÓRIA, em que países aliados derrotaram a
Alemanha Nazista, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Para
nos situarmos, volto em nossa História para lembrar alguns acontecimentos que
contribuíram para o início do embate. A enorme crise econômica de 1929 afetou o
mundo de modo geral. A Alemanha, por sua vez, estava já reerguida e se
encontrava, então, na condição de uma das potências mundiais. Contudo, sua
recuperação estava atrelada às ideologias nazistas, sob o comando de Adolf
Hitler, que tinha como grande objetivo dominar o mundo e liquidar com a União
Soviética, que se baseava em uma ideologia totalmente oposta ao nazismo: o
socialismo.
Deste
modo, para iniciar seus planos, Hitler fez acordos com países europeus como a Áustria
e a Tchecoslováquia para inserção de suas tropas. Foi então que Inglaterra e
França, ao se sentirem ameaçados, viram o motivo para se iniciar a guerra com
uma invasão à Polônia, em setembro de 1939.
Concomitantemente,
o Japão começava sua guerra com a China (tendo se aliado à Alemanha e Itália,
concretizando o chamado eixo) e começava a visar seus olhos nas regiões
Americanas do lado do Pacífico, o que causaria problemas com outra potência –
os Estados Unidos.
Ao
rememorarmos cada capítulo desse período de guerra, podemos, além de nos
sensibilizarmos com a dor de milhões de famílias vítimas do holocausto, exaltar
a honra e o orgulho de milhões delas, de forma especial de nossos vinte e cinco
mil trezentos e trinta e quatro pracinhas da Força Expedicionária Brasileira,
que estiveram ao lado dos Aliados na Campanha da Itália durante a Segunda
Guerra Mundial.
Aliás,
nesta tarde, devemos aqui enaltecer a presença da Sra. Benedita Rosa de Moura, viúva do ex-pracinha Sr. Cabo Benedito
Moura, e do Sr. Jorge Fontes. Como
guardiões da memória dos combatentes de nossa cidade, de nossa região, os dois nos
fazem certificar que a História é viva e está sempre refletida em nosso
presente. Afinal, se hoje temos a oportunidade de discorrermos sobre o Dia da
Vitória é porque muitos seres humanos o conquistaram por nós. Se hoje somos
pessoas livres, pessoas que enaltecem a paz é porque tivemos a trajetória de
milhões de pessoas que sofreram em um dos marcos mais cruéis da humanidade, o
Holocausto.
Mas,
infelizmente, observamos que a cada ano a História fica mais distante de nossa
vivência. As novas gerações, por exemplo, só ouvem falar da segunda guerra e de
seus impactos nas aulas da escola, mas pouco sabem, por exemplo, sobre a atuação
brasileira neste cenário, que, segundo o coordenador
do curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito
Federal, e estudioso sobre a Segunda Guerra, Prof. Marcus Firmino Santiago da
Silva, teve grande importância.
De acordo com seus estudos, o apoio do Brasil foi disputado
na Segunda Guerra. De forma um pouco velada por parte dos países do eixo
Alemanha, Itália e Japão, e de maneira clara pelos aliados, especialmente os
norte-americanos, além da Inglaterra e da França.
O
primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O
Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda
estava parcialmente nas mãos do exército alemão.
Os
pracinhas conseguiram vitórias significativas contra os alemães, tomando
cidades e regiões estratégicas que estavam sob o poder nazista, como o Monte
Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos
brasileiros, que também ficaram com despojos, como cavalos, carros e munição.
Mesmo
sem o treinamento compatível à realidade da guerra, à falta de hábito ao clima
frio e às demais adversidades, nossos pracinhas lutaram bravamente em favor da
destituição do poder alemão que, como sabemos, foi marcado pelo sangue, pelo
autoritarismo e segregação.
Hoje,
setenta anos depois daqueles tempos de terror, fica-nos o sentimento de
liberdade e de gratidão por terem colocado suas vidas em favor do mundo.
Todo
esse episódio sangrento, que levou à morte mais de 30 milhões de pessoas,
também trouxe à tona a reflexão sobre a importância da paz no mundial.
É
por meio do passado e das experiências vividas nele que podemos definir ações
para o futuro, buscando evitar a repetição de momentos infortúnios. E neste
sentido, o Holocausto, embora nos traga a amarga realidade de inocentes
exterminados, traz consigo o heroísmo de todos judeus brutalmente assassinados
e que, com sua morte, nos deixaram como herança o desejo incessante de PAZ.
Digo
isso porque, se por um lado o holocausto aos judeus nos traz a tristeza por
tantas vítimas do abuso e ganância do poder pelo poder, também trouxe à
humanidade o desejo pela paz, que deu origem à criação da Organização das
Nações Unidas, em 1945.
Hoje,
a segunda guerra mundial é lembrada como parte de nossa História, mas deve
jamais ser esquecida como ação de nações aliadas em favor da liberdade, da
integração mundial e da busca pela paz entre os povos.
Por
todas essas razões, neste Dia da Vitória, celebramos a atuação de nossos
expedicionários que contribuíram com luta, com sangue e coragem para a
conquista desses direitos desfrutados até hoje por toda humanidade.
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