quarta-feira, 6 de maio de 2015

Pollyana faz menção honrosa pelo dia da Vitória





menção especial ao término da segunda guerra mundial e em reverência à memória das vítimas do holocausto
  
Senhor presidente, nobres pares, munícipes aqui presentes, telespectadores da TV Câmara e a você que nos acompanha pela internet. Boa tarde!!!

Hoje estamos aqui para fazer referência ao dia 8 de maio de 1945, data que marcou a história mundial como o DIA DA VITÓRIA, em que países aliados derrotaram a Alemanha Nazista, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Para nos situarmos, volto em nossa História para lembrar alguns acontecimentos que contribuíram para o início do embate. A enorme crise econômica de 1929 afetou o mundo de modo geral. A Alemanha, por sua vez, estava já reerguida e se encontrava, então, na condição de uma das potências mundiais. Contudo, sua recuperação estava atrelada às ideologias nazistas, sob o comando de Adolf Hitler, que tinha como grande objetivo dominar o mundo e liquidar com a União Soviética, que se baseava em uma ideologia totalmente oposta ao nazismo: o socialismo.

Deste modo, para iniciar seus planos, Hitler fez acordos com países europeus como a Áustria e a Tchecoslováquia para inserção de suas tropas. Foi então que Inglaterra e França, ao se sentirem ameaçados, viram o motivo para se iniciar a guerra com uma invasão à Polônia, em setembro de 1939.

Concomitantemente, o Japão começava sua guerra com a China (tendo se aliado à Alemanha e Itália, concretizando o chamado eixo) e começava a visar seus olhos nas regiões Americanas do lado do Pacífico, o que causaria problemas com outra potência – os Estados Unidos.


Ao rememorarmos cada capítulo desse período de guerra, podemos, além de nos sensibilizarmos com a dor de milhões de famílias vítimas do holocausto, exaltar a honra e o orgulho de milhões delas, de forma especial de nossos vinte e cinco mil trezentos e trinta e quatro pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, que estiveram ao lado dos Aliados na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

Aliás, nesta tarde, devemos aqui enaltecer a presença da Sra. Benedita Rosa de Moura, viúva do ex-pracinha Sr. Cabo Benedito Moura, e do Sr. Jorge Fontes. Como guardiões da memória dos combatentes de nossa cidade, de nossa região, os dois nos fazem certificar que a História é viva e está sempre refletida em nosso presente. Afinal, se hoje temos a oportunidade de discorrermos sobre o Dia da Vitória é porque muitos seres humanos o conquistaram por nós. Se hoje somos pessoas livres, pessoas que enaltecem a paz é porque tivemos a trajetória de milhões de pessoas que sofreram em um dos marcos mais cruéis da humanidade, o Holocausto.


Mas, infelizmente, observamos que a cada ano a História fica mais distante de nossa vivência. As novas gerações, por exemplo, só ouvem falar da segunda guerra e de seus impactos nas aulas da escola, mas pouco sabem, por exemplo, sobre a atuação brasileira neste cenário, que, segundo o coordenador do curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito Federal, e estudioso sobre a Segunda Guerra, Prof. Marcus Firmino Santiago da Silva, teve grande importância.

De acordo com seus estudos, o apoio do Brasil foi disputado na Segunda Guerra. De forma um pouco velada por parte dos países do eixo Alemanha, Itália e Japão, e de maneira clara pelos aliados, especialmente os norte-americanos, além da Inglaterra e da França.
O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão.
Os pracinhas conseguiram vitórias significativas contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam sob o poder nazista, como o Monte Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros, que também ficaram com despojos, como cavalos, carros e munição.
Mesmo sem o treinamento compatível à realidade da guerra, à falta de hábito ao clima frio e às demais adversidades, nossos pracinhas lutaram bravamente em favor da destituição do poder alemão que, como sabemos, foi marcado pelo sangue, pelo autoritarismo e segregação.

Hoje, setenta anos depois daqueles tempos de terror, fica-nos o sentimento de liberdade e de gratidão por terem colocado suas vidas em favor do mundo.


Todo esse episódio sangrento, que levou à morte mais de 30 milhões de pessoas, também trouxe à tona a reflexão sobre a importância da paz no mundial.

É por meio do passado e das experiências vividas nele que podemos definir ações para o futuro, buscando evitar a repetição de momentos infortúnios. E neste sentido, o Holocausto, embora nos traga a amarga realidade de inocentes exterminados, traz consigo o heroísmo de todos judeus brutalmente assassinados e que, com sua morte, nos deixaram como herança o desejo incessante de PAZ.


Digo isso porque, se por um lado o holocausto aos judeus nos traz a tristeza por tantas vítimas do abuso e ganância do poder pelo poder, também trouxe à humanidade o desejo pela paz, que deu origem à criação da Organização das Nações Unidas, em 1945.

Hoje, a segunda guerra mundial é lembrada como parte de nossa História, mas deve jamais ser esquecida como ação de nações aliadas em favor da liberdade, da integração mundial e da busca pela paz entre os povos.

Por todas essas razões, neste Dia da Vitória, celebramos a atuação de nossos expedicionários que contribuíram com luta, com sangue e coragem para a conquista desses direitos desfrutados até hoje por toda humanidade.





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