Ao fazer uso da tribuna, a vereadora Pollyana Gama (PPS) pontuou
a fragilidade dos servidores eventuais da área da Saúde. Segundo ela, entre os
problemas, está o fato de os serviços que dependem de 45 funcionários no Pronto-Socorro Municipal, estarem
sendo executados somente por 28.
“Em campanha, o prefeito prometeu que os funcionários em
situação precária seriam contratados para regularizar a situação. Contudo, não
há como fazer o que foi prometido e da forma como se apresentou. Então, eu peço
sensibilidade do prefeito para melhorar as condições de trabalho desses
profissionais”, enfatizou a vereadora.
Pollyana também disse que fez questionamentos ao prefeito,
por meio de requerimento, com relação à mudança do Pronto-Socorro Municipal
para o Hospital Universitário.
“É preciso um estudo com relação aos impactos dessa ação.
Destaco a questão do trânsito, por exemplo. As avenidas 9 de Julho e Granadeiro
Guimarães recebem grande fluxo de automóveis. Há previsão de algum tipo de
corredor para a passagem de carros de emergência ou de pessoas que levem
pacientes em situação de emergência?”, questionou.
Ainda sobre saúde, a parlamentar contou que pacientes em
permanência no Pronto-Socorro precisam levar fraldas geriátricas, pois o
material não é fornecido pelo município.
“Se o munícipio gasta com o vôlei, peço bom senso ao
prefeito, pois um pacote de fralda custa bem menos e implica em se atender as
reais necessidades da população”, destacou.
EVENTUAIS
Sobre a situação dos professores eventuais, a vereadora lembrou
que, juntamente com os vereadores Digão e Douglas Carbonne, apresentou uma
indicação ao Poder Executivo, que deu origem a um parecer da equipe jurídica da
prefeitura para o retorno da regularidade das atividades desses profissionais.
“No entendimento jurídico, nem que os professores quisessem,
conseguiriam lecionar por 30 dias ininterruptos, já que a média de dias letivos
ao mês é de vinte dias. Agradeço o empenho da equipe da prefeitura, dos colegas
vereadores e dos professores que se empenharam para que se chegasse a um
consenso”, discorreu Pollyana.
A vereadora destacou que outras medidas são necessárias para
aprimorar a rede de ensino de Taubaté, como a implantação do Plano de Carreira,
ações em atenção à saúde do professor e um diagnóstico que aponte os motivos do
acentuado índice de faltas dos docentes da rede.
CRISE ECONÔMICA X
DEMISSÕES
Pollyana pediu mais empenho do Poder Executivo
diante da crise econômica que assola o país e que, por consequência tem trazido
inúmeras demissões, inclusive para o município de Taubaté.
A parlamentar ressalta a necessidade de se fazer gestão junto às
empresas, chamando-as para o diálogo para a busca de ações no combate ao
desemprego.
Para ela, perante a situação e a intenção do governo federal
em aumentar ainda mais a carga de impostos, a condição dos trabalhadores fica
cada vez mais frágil e, por isso, é necessário que o prefeito tome medidas que
contribuam com a manutenção da produção em nosso município.
“É anúncio de aumento de impostos, são as demissões. É preciso
lembrar que uma pessoa desempregada dificilmente vai pagar impostos, primeiro
vai colocar o pão e o leite na mesa de sua família. A busca pelo serviço
público tende a aumentar, já que quem tinha seu filho em escola particular, em
situação de desemprego, vai colocá-lo na rede pública; quem tinha Plano de
Saúde pela empresa, passa a se utilizar dos serviços públicos. E paralelo a
isso, a arrecadação do município cai e o ciclo vai afetando todos os lados”,
explicou.
Diante do cenário, Pollyana sugere que tratativas sejam
feitas junto aos governos federal e estadual. “É preciso deixar de lado as
vaidades e somar esforços em busca de soluções”, reforça.
Pollyana destaca a ação do presidente da Câmara, vereador
Digão, que convidou as empresas para discutir essa problemática.
“Observamos, contudo, situações como a Cobrança da
Iluminação Pública, cuja qual o empresário se vê mais uma vez ‘taxado’ e as
consequências acabam recaindo sobre o trabalhador. Se as despesas com impostos
aumentam, a alternativa do empresariado é demitir para conseguir dar conta das
despesas. Entendo que, neste momento, o mais viável em termos de gestão
municipal é conter e otimizar os gastos públicos e somar esforços para não
transferir o ônus ao trabalhador”, finaliza.
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