segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pollyana acompanha parecer contrário da Comissão de Finanças ao Orçamento 2016



Ao discutir o parecer contrário exarado pela Comissão de Finanças e Orçamento ao projeto de lei ordinária nº 205/2015, que trata sobre o Orçamento Público Municipal para 2016, a vereadora Pollyana Gama (PPS) destacou alguns pontos que avalia merecerem destaque.

A parlamentar destacou a falta acesso à participação popular na construção do Orçamento Público.

“Infelizmente não houve a discussão com a população sobre as prioridades a serem elencadas. Muitas pessoas acreditaram na promessa de Orçamento Participativo feita em período de campanha eleitoral”, argumentou.

Ela ainda ponderou que a ida do prefeito ao bairro, nas quais costuma atender munícipes que buscam soluções de suas particularidades, não atendem ao que seria necessário para um orçamento participativo.

“Nessas ocasiões, a população aponta ao prefeito as suas necessidades pontuais e o fazem justamente porque não recebem o devido atendimento dos serviços públicos. Acredito que essas visitas do prefeito aos bairros poderiam ser usadas como forma de mensurar quais as principais solicitações feitas pela população, de modo a tabular isso para a construção de um orçamento real. Se essa tabulação já é realizada como instrumento, gostaria de conhecer os dados levantados”, disse.

Pollyana comparou números que vêm sendo apresentados desde 2013 e, com base neles, apontou a falta de critérios para planejamento da Administração.

Ela compartilhou que enquanto o Orçamento estimado para 2013 apontava uma receita de R$ 754 milhões, os valores arrecadados chegaram a R$ 705 milhões, apresentando uma diferença de cerca de 7%. A queda permaneceu em 2014, quando se previa arrecadar R$ 874 milhões, mas somente R$ 726 milhões compuseram o ‘caixa’ da prefeitura.

“Essa variação, em 2014, aponta para 14% de diferença, que equivale a 2 meses sem arrecadação.  Em 2015, o mesmo ocorreu: era previsto mais de R$1,1 bilhão, mas somente R$ 924 milhões foram arrecadados, significando, portanto, uma diferença de 18%, ou mais de dois meses sem arrecadação”, explicou a vereadora que apontou para a possibilidade de o mesmo fenômeno ocorrer em 2016, chegando a uma diferença de 30% da receita prevista para a de fato arrecadada, caso os recursos do CAF (que está incluído dentro da estimativa do Poder Executivo) não seja liberado.

“Diante do que avaliamos, o orçamento de nosso município está inflado. Um gestor sério trabalha com a realidade e o fato é que a receita vem caindo”, defendeu.

A parlamentar contextualizou sua percepção com o fato de que, com a crise enfrentada pelo país, serviços essenciais como Educação, Saúde e Desenvolvimento e Inclusão Social acabam sendo mais procurados e critica o fato de que, mesmo diante deste cenário, a Administração diminua a porcentagem destinada a essas pastas.

“Enquanto se diminui porcentual para esses setores, observamos o orçamento para Obras quase dobrar. Eu até entendo que para crescer, é preciso oportunizar postos de trabalho e que novas obras acabam contribuindo neste sentido. Porém, é muito arriscado condicionar essa possibilidade somente a uma única condição: a vinda de recursos do CAF”.

A vereadora ainda expôs que observou certa dificuldade na elaboração do planejamento, uma vez que na peça orçamentária continham erros até mesmo nas somas apresentadas.


Por fim, ela criticou a falta de divulgação à população quanto às Audiências Públicas e discussões sobre o Orçamento. “Eu pergunto a razão para não se ter usado verba de publicidade para atingir massivamente a sociedade. Por que não foi divulgado em TV, nos canais abertos, com outdoors, anúncios em rádios, como se faz ao divulgar pontos positivos da Administração?”.  

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