Por Pollyana Gama*
Os meios de comunicação noticiaram nesta semana que Elionor Ostrom foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel de Economia por seus trabalhos desenvolvidos ao que chamamos de cooperativismo.
Ao tomar conhecimento deste acontecimento, sinto-me realmente satisfeita em constatar que, nós, mulheres, estamos cada vez mais atuantes e reconhecidas no cenário mundial. E como agente pública, em perceber que tenho dado passos certos, uma vez que sou apoiadora das ações cooperativistas em Taubaté, onde sou vereadora, pelo segundo mandato.
Sabe-se, é verdade, que a iniciativa cooperativista existe desde meados do século XIX, quando tecelões ingleses fundaram sua “sociedade”, na qual a principal finalidade era a alternativa de valorizar a atuação do homem no mercado, frente ao capitalismo selvagem, já existente naquele cenário. Contudo, com os avanços tecnológicos e a globalização, a promoção do cooperativismo já não é mais somente uma alternativa, devendo ser encarada como uma premissa para a geração de emprego e renda.
Por enxergar esta realidade, tenho voltado olhares a este novo braço da economia, desenvolvendo estudos neste sentido, os quais me permitiram elaborar o projeto que se tornou a Lei de nº 4.117, de 29 de novembro de 2007, que institui a Política Municipal de Apoio ao Cooperativismo. A atual administração parece estar voltando seus olhares, ainda que timidamente, a iniciativas como a de grupos que trabalham com reciclagem. Para tornar esta lei aplicável, percebi a necessidade de se conhecer e difundir tais conhecimentos acerca do assunto e de sua importância como agente de modificação social. Por isso, em parceria com a OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), pude organizar em Taubaté palestras que auxiliaram na elucidação sobre o tema. Tais ações colaboraram com a organização de vários grupos, como, por exemplo, a da Associação dos Mototaxistas de Taubaté e até a formação da primeira cooperativa de professores da região.
Hoje, em Taubaté, felizmente, percebo que as iniciativas de apoio ao cooperativismo estão saindo de uma simples aprovação de lei e partindo para a prática. Prova disso é que nesta semana teremos reunião com representantes do setor para criarmos a frente parlamentar cooperativista em Taubaté e o dia do Cooperativismo. O objetivo destas ações é o aprofundamento no assunto, pois para que se torne um projeto de credibilidade, é preciso que haja conhecimento prévio acerca dele. Afinal, como sempre digo, confiança se conquista e ninguém confia no que não conhece.
Acredito que oportunizar o conhecimento é um passo certeiro para fortalecimento e formação de novas cooperativas. Propagar informações e demonstrar que o cooperativismo, quando bem estruturado é promissor – a exemplo de cooperativas já existentes em nossa região, como Uniodonto, Unimed, COMEVAP, que são cooperativas e muita gente ainda não sabe, são passos de fundamental importância para dar seguimento à sua implantação em nosso município. Como vereadora, continuo meu trabalho de apoio aos grupos organizados e mantenho a minha fiscalização ao Poder Executivo para que se faça cumprir a legislação municipal. Precisamos apoiar a geração de trabalho, que dignifica o homem, e a geração de renda, que se faz imprescindível para que se viva em sociedade.
*Pollyana Gama é vereadora da 15ª legislatura da Câmara Municipal de Taubaté.
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