Pollyana Gama
vereadora no 2º
mandato pelo PPS de Taubaté
O tempo é o
senhor da razão. Essa frase atribuída ao escritor francês Marcel Proust
sintetiza a análise que fizemos em fevereiro deste ano. Na época, escrevi um
artigo publicado pelo jornal “O Vale”, motivada pelo tema da Campanha da
Fraternidade sobre saúde pública, prevendo e alertando para as dificuldades e a
falta de capacidade do “novo” Pronto Socorro Infantil (PSI) de Taubaté,
inaugurado em janeiro pela Prefeitura, anexo ao Hospital Universitário (HU).
Naquele
texto, destacávamos parte da fiscalização que fazemos, ao longo dos mandatos,
relacionado ao sistema de saúde de nossa cidade. Em um dos trechos escrevi que “em Taubaté inaugurou-se o novo PSI (Pronto
Socorro Infantil) anexo ao Hospital Universitário (HU), atendendo orientação do
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à retaguarda para internações emergenciais.
Resolvido? Gostaríamos que sim, mas a realidade revela problemas como o
loteamento do HU que submete o paciente a uma fila de espera e o retrocesso na
capacidade de leitos (de 18 para 4) que só será percebido pela população,
segundo médicos especialistas, a partir do 2º trimestre de 2012, quando
aumenta, por exemplo, em 30% os quadros virais respiratórios. Isso sem falar na
dificuldade de acesso localizado numa das avenidas mais movimentadas e
congestionadas da cidade. Ação reducionista”.
Exatamente
quatro meses após o nosso diagnóstico, no final do primeiro mês do segundo
trimestre, infelizmente, a previsão se confirma com o aumento da procura pela
unidade e as deficiências estruturais para dar conta de tantas crianças. Tal medida
da Prefeitura tem caráter provisório, pois não consegue atender a demanda por
uma razão simples: falta planejamento, projetos, e consequentemente há
desperdícios de recursos públicos.
Quando fizemos
apontamentos referentes ao PSI, em termos estratégicos, nossa afirmação foi
extremamente realista, pois, de antemão, por meio de fundamentação técnica, prevíamos
que as medidas adotadas pela Secretaria de Saúde trariam esses problemas.
O planejamento
é base fundamental para a consecução da gestão pública moderna, eficiente e que
tem por meta a satisfação do bem estar da população. Infelizmente, a atual
administração trabalha na contramão desses princípios, trazendo constantes prejuízos
àqueles que necessitam utilizar os serviços públicos.
Acreditamos
que essa triste realidade possa ser mudada desde que a administração pública
esteja técnica e profissionalmente preparada e, acima de tudo, compromissada
com os interesses da população.
27/04/2012 |
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