terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pollyana aponta para a necessidade de gestão "É preciso saber executar"


A vereadora Pollyana Gama (PPS) participa da 2ª discussão do projeto de lei ordinária nº 64/2014, de autoria do Prefeito Municipal, que dispõe sobre a criação do Encontro Cultural de Taubaté.
Ao fazer uso da tribuna, Pollyana diz acreditar que dentro daquilo que Taubaté possui em termos de legislação voltada à cultura, o Encut é mais uma conquista para Taubaté. Contudo, a vereadora ressalta que mais do que a lei aprovada, é preciso que se tenha capacidade de executá-la.

“Tivemos a Audiência Pública da Cultura na semana passada e nos deparamos com 58% do orçamento da Cultura empenhado. Contudo, desse montante, somente 24% foi executado até agora”, ressaltou Pollyana que citou os relatos de representantes de grupos de congadas e Moçambique, que deixam, muitas vezes de participar de eventos culturais por falta de recursos e dificuldades quanto às estruturas oferecidas.

Pollyana afirma mais uma vez que além de o recurso destinado à Cultura ser pouco, se comparado ao orçamento anual do município, o que se tem não é utilizado. Segundo ela, o fato está no modelo ultrapassado de gestão desempenhada em Taubaté. 

“Em nossa Audiência Pública, tivemos a corajosa presença do ex-secretário José Antônio Saud, que deu seu testemunho das dificuldades enfrentadas no setor público, em Taubaté. O empresário atribuiu à burocratização dos procedimentos e à falta de autonomia financeira e administrativa das secretarias o grande entrave de executar o orçamento”, relatou Pollyana.

Pollyana conta que sua visão e a de Saud foram confirmadas por participantes da Audiência Pública, como o Sr. Benedito e a Solange, que esteve representando a Unesco na audiência. “Sr. Benedito do grupo de congada nos deu um a lição. Com sua simplicidade, disse que pode se mudar quantos secretários forem. Solange completou o raciocínio, dizendo que o problema está no modelo de gestão”. 

Depois de enfatizar a falta de capacidade executiva, Pollyana destaca que a grande dificuldade do Encut será a sua execução, que só sairá do papel se houver planejamento. “Sem o Sistema Municipal de Cultura vejo que teremos grandes dificuldades. Por isso, estamos aguardando o projeto para discutir coletivamente item por item. Vamos esperar até o final de agosto”, adianta.

Pollyana ainda exemplifica outros problemas relacionados à pasta, como a falta de regulamentação da Barganha e de valorização das tradições e patrimônios da cidade. 

“Turistas se hospedam em Taubaté por ser uma cidade estratégica para quem quer conhecer outras cidades, como Campos do Jordão, Ubatuba, o Vale Histórico. Contudo, chega aqui e não encontra atrativos naquilo que deveria ser valorizado como riqueza, como nosso Sítio do Picapau Amarelo, a Barganha etc”.

Embora entenda ser positiva a realização do evento, a parlamentar diz que de nada adiantará se realizar um festival de cultura sem valorizar a essência da cidade, de sua gente. “Volto a afimar: É preciso rever a gestão. Do contrário, poderemos ter o melhor profissional como secretário, mas sem a devida estrutura, não teremos avanços”, finalizou.

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