Na Sessão Extraordinária para se discutir e votar o Projeto
de Lei Ordinária nº 80/2015, de autoria do prefeito municipal, que trata da
revisão geral anual de vencimentos, salários e proventos dos servidores ativos,
inativos, pensionistas e agentes políticos, a vereadora Pollyana Gama (PPS)
justificou seu voto favorável afirmando que além da revisão, há de se pensar a
situação do servidor a longo prazo.
“Eu gostaria de estar votando aqui uma revisão de pelo menos
8,5%, já que o índice anual, do período até maio, está nessa faixa. Contudo,
sei que diante da crise econômica, da queda de arrecadação, 6,5% é o possível
dentro do que permite o orçamento, mas não se pode esquecer das perdas
salariais dos últimos dez anos”, alertou.
A vereadora atentou para os valores da cesta básica dos
últimos dez anos e comparou os índices ao salário dos servidores. “Se
compararmos a cesta básica, que nos últimos dez anos acumulou um aumento de
mais de 100%, com o salário dos servidores, que girou em torno de 40% no mesmo
período, observamos que as perdas estão muito acentuadas”, expôs Pollyana.
Segundo a parlamentar, seus estudos apontam para a
necessidade de um Plano de Recomposição Salarial. “Tenho insistido com a
prefeitura nessa proposta, pois cada R$100,00 recebidos pelo servidor em 2004,
hoje valem pouco mais de R$30,00”, reforçou.
Pollyana relembrou que em 2006, quando se iniciaram os
trabalhos para se melhorar os salários dos professores, sempre que se
questionava sobre a revisão, a resposta advinda do Poder Executivo era a de que
não se podia fazer a revisão por conta dos impedimentos da Lei de
Responsabilidade Fiscal, mesmo havendo os recursos do Fundeb, que determina que
se aplique o mínimo de 60% em remuneração dos professores.
Contudo, segundo Pollyana, ao iniciar um trabalho de
pesquisa, chegou a consultar o Conselho Nacional de Educação sobre o entrave
entre a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Fundeb e a resposta permitiu que a
vereadora fizesse a proposta na Câmara dos Deputados de que houvesse um ajuste
contábil.
“Essa nossa proposta tramita até hoje em Brasília e essa é
um das bandeiras que defendo e também uma das razões de querer ser deputada
federal. Nossa proposta é para que se desvincule os recursos do Fundeb das
Receitas Correntes Líquidas dos Municípios para que a Educação tenha sua
contabilidade própria”, explicou.
Em relação aos servidores, Pollyana disse ainda
trabalhadores a conhecem e sabem que ela não levantaria a defesa de se fazer a
revisão de toda a perda em um só momento, porque não há orçamento para isso.
Mas ressaltou mais uma vez a necessidade de se pensar a longo prazo a situação
do funcionalismo público municipal. “Insisto para que a prefeitura se abra para
essa discussão, envolvendo servidores, sindicato, de forma que façamos uma
discussão séria, madura e propositiva e não politiqueira”, solicitou.
Por fim, a vereadora voltou a cobrar a elaboração do Plano
de Carreira dos servidores. “É fundamental para a classe. Vamos continuar
insistindo por isso”, finalizou.
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