Arsesp responde favoravelmente ao
questionamento da vereadora quanto
ao consumo mínimo de água
Após duas audiências públicas
realizadas pela vereadora Pollyana Gama (PPS) para discutir com autoridades e a
sociedade civil meios para evitar consequências ainda mais drásticas,
ocasionadas pela crise hídrica no estado de São Paulo, a Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) sinalizou a possibilidade
de se rever a cobrança de tarifas de conta de água de munícipes que consomem
volume inferior a 10m³.
Segundo ofício enviado pela agência, a
atual estrutura tarifária foi difundida na década de 70 com a implantação do
Plano Nacional de Saneamento e determinada por meio do Decreto nº 82.587/1978,
mas pode e merece ser revista à luz da realidade atual.
A resposta foi dada ao questionamento
feito pela vereadora, que por consequência das Audiências Públicas que
realizou, foi procurada por munícipes que indagaram sobre a cobrança de taxa
mínima referente a 10m³ mesmo aos que consomem volume inferior.
“Fomos procurados por um munícipe que mostrou,
por exemplo, um sistema desenvolvido por ele mesmo que faz captação da água da
chuva e que resulta em um consumo de 7m³ por mês. Esse munícipe, que antes
gastava cerca de 12m³ reduziu quase 40% em consumo, mas não obteve redução
equivalente em sua tarifa. Isso chega a desmotivar a população a economizar”,
argumentou a vereadora.
O Diretor de Regulação Econômico-Financeira
e de Mercados da Arsesp, José Bonifácio S. Amaral Filho, informou ainda que a
estrutura tarifária como um todo vem sendo estudada pela agência. “Os estudos
foram iniciados, mas foram adiados devido à crise hídrica de São Paulo.
Contudo, serão retomados ainda neste ano e deverão considerar inclusive a
própria crise para a formatação de uma nova estrutura”.
Para a vereadora, o posicionamento da
Arsesp é importante para ratificar a importância do trabalho coletivo em busca
de soluções para a situação hídrica.
“Muitos podem pensar que audiências
públicas não surtem efeito, mas por meio desses momentos de debates, em que
trocamos experiências e questionamentos, é que surgem ideias importantes. O
nosso objetivo é estender a discussão a toda população, que é quem vive no dia
a dia as consequências da crise hídrica e que, portanto, pode apontar meios
eficazes para minimizar os seus impactos”, posicionou-se a parlamentar.
A vereadora disse, ainda, que
continuará fazendo o acompanhamento sobre a questão. “Vamos continuar
acompanhando as ações em favor de políticas sustentáveis para o uso da água e,
quando necessário, faremos apontamentos que objetivem colaborar para a solução
do problema”.
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