A vereadora Pollyana Gama (PPS), presidente da Comissão de Educação,
Cultura e Turismo da Câmara de Taubaté, foi entrevistada pelo radialista Pedro
Luiz Belisqui na manhã desta quarta-feira, 30, durante o “Jornal da Rede”, da
Rádio Difusora AM 570 kHz.
O apresentador se fundamentou em artigo assinado pela parlamentar, publicado
na terça-feira, 29, no jornal “Gazeta de Taubaté”, para perguntar Pollyana
sobre o reajuste para os servidores públicos. Pedro Luiz questionou um trecho
em que a vereadora disse que o problema do reajuste foi porque houve descuido
na correção correta ao longo dos últimos anos.
“Exatamente isso, as perdas são acumuladas em anos seguidos e
alternados. No caso dos professores, as perdas acabam sendo um pouco maior
porque em 2011, enquanto houve a incorporação de horas extras - que foi
encarada como uma revisão para boa parte do funcionalismo da Prefeitura, os
professores foram excluídos desse processo. Na época, apresentei uma emenda
para garantir aos professores uma inclusão, que foi rejeitada, e assim acabam
acumulando perdas maiores.”
O apresentador falou sobre o último reajuste anunciado pelo prefeito que
vai valer a partir do ano que vem e também sobre o próprio abono que ele vai
dar aos funcionários, ele pediu à vereadora que fizesse uma análise sobre o
assunto.
“Trabalhar com a expectativa das pessoas é algo que eu busco realizar
com muita seriedade. O servidor público é um trabalhador que sustenta sua
família com aquele salário, e na medida em que você tem alguém durante um
processo de campanha eleitoral que faz uma proposta de que o salário seria
valorizado e recomposto, observando o índice de inflação mais o percentual de
aumento da receita, é lógico que todos os funcionários, quando viram o atual
prefeito ganhar a eleição, tinham expectativa de que a revisão seria no mínimo
de 15%, e isso não ocorreu. Eu fiz o cálculo e girou algo em torno de 12%, e na
minha visão os servidores teriam que ter uma planilha de cálculos para sabermos
pelo que íamos lutar. Uma coisa é trabalhar com seriedade e o que está na lei,
outra é criar expectativa sem análise e estudos.”
“Eu penso que na medida em que ele aplicasse a revisão, ao menos o
índice de inflação ele teria até o final do ano para fazer esse equilíbrio e
não passar do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal que fixa em 54% o gasto.
Acho que era uma questão de acerto de contas ao longo do ano e, infelizmente,
isso não ocorreu”, encerrou a vereadora.