Caro colega Professor(a),
Tenho recebido muitos telefonemas e e-mails de professores e, na medida do possível, tenho buscado esclarecer a necessidade de compreendermos que tão importante quanto a mobilização na manhã desta terça-feira, 24, é a necessidade de termos solidariedade e compreensão com aqueles professores que farão parte do ato como também com aqueles que não vierem a participar.
Nós educadores somos conscientes do quanto o nosso desenvolvimento humano se dá de maneira diferente em cada um de nós.
Assim o respeito coletivo à história dos professores da rede pública de Taubaté legitimará nossas ações e reivindicações, pois estamos convictos de que o que queremos são melhores condições de trabalho e qualificação profissional.
Se a sociedade compreenderá ou não o ato, somente o futuro dirá, mas cabe lembrar que é a própria sociedade que nos tem revelado sua preocupação com a qualidade do ensino praticado em nossas escolas. Estamos certos que esclarecidos os porquês aos que ainda estiverem "reticentes" à paralisação, provavelmente estes se tornarão nossos aliados.
Todos nós sabemos que o lugar do aluno é na escola, num ambiente que favoreça sua aprendizagem e desenvolvimento.
A decisão, em assembleia, pela paralisação só ocorreu após inúmeras tentativas de diálogo e ações concretas que buscavam viabilizar, em específico, revisão salarial, plano de carreira e melhores condições de trabalho. Algumas partiram desta vereadora, também professora, outras de colegas vereadores como também dos próprios professores. Todas com objetivo em comum:
Oferecer cada vez mais uma educação de qualidade para a população taubateana.
Da nossa parte elaboramos um estudo sobre a recomposição das perdas salariais do magistério e funcionalismo que até o momento não teve nenhum de seus dados contestados. Trata-se de um estudo com dados técnicos, matematicamente confirmados. Só para este ano o MEC orienta a revisão salarial de 15,94%. Pleiteamos a revisão salarial no valor de 37,52% por esta dar condições de recompor as perdas salariais acumuladas pelos anos em que as mesmas não ocorreram, como também nos anos em que ocorreram mas estiveram abaixo dos índices apontados.
Confira o estudo citado no gráfico abaixo:
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Quanto ao Plano de Carreira, ainda que tardiamente, foi composta uma comissão de professores para colaborar na elaboração do documento. Ponto Positivo. Sabemos que o plano de carreira deveria ter sido apresentado em 2009 e posteriormente, após ampliação do prazo do CNE, ficou estipulado para dezembro de 2010. A prefeitura até protocolou o referido documento em dezembro de 2009, mas logo em seguida retirou-o para "aperfeiçoamento". Após 16 meses compõe então a Comissão acima descrita.
Nesse sentido já redigimos 12 requerimentos além de questionamentos e posicionamentos, na tribuna, na imprensa, em reuniões na secretaria de educação e com o próprio prefeito. Ha! Sem contar as reivindicações por meio da participação em manifestação e passeatas e do nosso apelo ao Ministério Público para concretização do Plano de Carreira de forma democrática e participativa.
Por fim percebo que a soma de esforços da nossa categoria colaborará para a transformação dessa realidade.
“Loucura ? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira. Porém tantos sonhos foram realizados que não temos o direito de duvidar de nenhum”.
Monteiro Lobato
Eu, Você, Todos pela Educação.
Sempre a disposição.
Verª Profª Pollyana Gama