A vereadora Pollyana Gama (PPS) participou do programa Taubaté Urgente, da rádio Difusora, abordando temas como saúde pública e educação, além de sua pré-candidatura a prefeita.
Sobre a integração entre os hospitais Universitário e Regional, a parlamentar afirmou que o assunto já deveria ter sido debatido antes para que o HU pudesse exercer o seu verdadeiro papel.
“Percebo que é uma discussão adiada, ela já poderia ter sido discutida bem antes, para que nós tivéssemos outra realidade. O HU já passou da sua razão de ser, ou seja, fazer um atendimento mais voltado para a Academia, no caso, para os estudantes de medicina. Pode-se dizer que o HU é um hospital regional, mas sem a estrutura que o Hospital Regional tem aqui na nossa cidade.”
Pollyana lamentou a não aceitação do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) em Taubaté e salientou que, com o ambulatório, os gastos da cidade poderiam diminuir. “Não entendi até agora o motivo que levou a Prefeitura a não aceitar o AME. O gasto da saúde, hoje, é elevado, não que esses gastos não sejam necessários, mas isso tudo seria parte do AME. O dinheiro então poderia ser poupado e investido em outras coisas importantes.”
Questionada sobre a atuação do atual secretário de Saúde da Prefeitura, Pedro Henrique Silveira, a vereadora disse que o médico não está capacitado tecnicamente para ser gestor da Pasta.
“Não é porque você é medico que você é habilitado a ser um gestor público de saúde. Hoje em dia, as coisas mudaram, há legislação especifica para isso, até para tornar a saúde melhor. Além de ser da área da saúde, tem que ter formação adequada, um profissional como gestor que entenda de todos os trâmites que envolvem a saúde pública. Acredito que a grande falha, até com todo respeito ao secretário de Saúde, ele não ser dotado dessa capacidade técnica na gestão dos recursos públicos. Pois, se houvesse essa capacidade técnica, haveria um planejamento do setor mais ordenado, onde a prioridade de atenção básica de prevenção seria feita, fazendo com que a população precisasse menos de outros procedimentos que hoje encarecem. Percebo na fala dele a vontade de fazer, mas isso não basta, tem que saber fazer”, explicou.
Para Pollyana, a construção do Sedes (Sistema Educacional de Desenvolvimento Social) foi desnecessária, uma vez que as creches da cidade estão carentes de berçários e outras melhorias. “O Sedes está lindo, mas o dinheiro que foi gasto lá poderíamos ter feito berçário praticamente em todos os bairros da cidade. Sem contar que o local não está funcionando como deveria.”
Sobre sua pré-candidatura a prefeita de Taubaté, a parlamentar declarou que “pelo bem da população, converso com todos os pré-candidatos.” Segundo ela, não deve haver mais baixaria em período de campanha. “É importante olhar para os candidatos. Ser honesto é obrigação, tem que ser mais, tem que ter sensibilidade e capacidade para fazer as coisas.”
“O que me preocupa nesse momento é trabalhar pela cidade. Minha preocupação central, nesse momento é com a minha função de vereadora. Com relação a campanha, quero apresentar algo que seja possível ser feito, não estou fazendo dessa minha candidatura um negócio, com planos A, B e C. O objetivo da pré-campanha é resgatar o poder local, momento de mostrar que podemos fazer diferente”, completou.
Pollyana esclareceu questões relacionadas à Comissão Processante que tinha a finalidade de cassar o mandato do prefeito de Taubaté, mas o parecer foi rejeitado em votação na Câmara.
E falou sobre o contrato com a empresa que era responsável pela distribuição de medicamentos. “Pagar R$ 1 milhão para uma empresa que não tinha mais contrato com a Prefeitura, sem nenhuma justificativa, isso está muito nebuloso. Espero que a Justiça acelere para divulgar mais informação, pois temos muito trabalho, muita denúncia, é uma situação que eu penso que Taubaté nunca viveu antes.”
A parlamentar disse ainda que se decepcionou com o resultado e acredita que os munícipes são favoráveis à realização de mais investigações. “Nós protocolamos uma ação popular, por mais que a gente entenda o processo democrático, a gente se decepciona e os nossos colegas vereadores sabem disso. Mas eu tenho certeza que se a gente perguntar para a população o que pensa a respeito disso, a população estaria com a gente. Nós não estamos sendo omissos, estamos com muito empenho para ajudar a melhorar a situação da nossa cidade.”
A pré-candidata relatou a história de duas munícipes que dependem de ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social de Taubaté e afirmou que o chefe do Executivo está usando essas pessoas.
“O prefeito usa os munícipes para parecer bonzinho. Recebi duas senhoras em meu gabinete pedindo ajuda, pois há vários meses foram pedir casa para o prefeito. Ele disse a elas que procurassem um terreno da Prefeitura que ele doaria o material de construção. As senhoras, com suas respectivas famílias, estão no local até hoje, vivendo em um barraco, construído com madeira. Atualmente, as duas se revezam para ir, às 4h da manhã, na porta da casa do prefeito pedir que ele tome alguma providência. Isso não pode acontecer, é desumano, é falta de respeito. Onde está a política pública de desenvolvimento social? Temos quase R$ 7 milhões no orçamento da Secretária de Desenvolvimento Social para projetos habitacionais e onde estão sendo construídas essas casas?”, indagou.
Lei contra poluição sonora
Pollyana falou também sobre o projeto de lei que proíbe som alto e buzinas em locais públicos. “Nós queremos de uma vez por todas conscientizar as pessoas de que é necessário ter respeito. Não queremos proibir competições, pois são em locais adequados. A intenção é proibir som alto e buzina na rua, próximos a residências. E nós vamos apelar mesmo, tirando pontos na carteira, pois somente a multa não é o suficiente, em casos gravíssimos a apreensão do veículo.”