A vereadora Pollyana Gama (PPS) participou da discussão do
projeto de lei ordinária nº 11/2015, de autoria do prefeito, que autoriza o
Poder Executivo a contratar operação de crédito externo com o Banco de
Desenvolvimento da América Latina – CAF e retomou a circunstância em que
solicitou prorrogação de prazo para exarar seu parecer ao projeto, como então
relatora pela Comissão de Obras.
“Hoje se esclarece, aqui, que a condução dada pelo próprio
prefeito sobre a minha solicitação para se estender o prazo para que eu desse o
parecer foi bastante equivocada. Na época, caso eu tivesse essa ampliação de
tempo, teria mais cinco dias. O plenário não foi favorável ao meu pedido e, por
isso, uma nova comissão foi instalada para analisar o projeto e emitir o
parecer. Da instalação dessa comissão ao último voto, dado pelo vereador
Salvador Soares (PT) no dia 01 de junho, passou-se mais de um mês”, discorreu.
Para Pollyana, mesmo diante dos juízos feitos ao seu pedido
naquela época e a repetição da necessidade de maior prazo pela nova comissão,
há de se considerar a complexidade do projeto e, portanto a sua necessidade de
um aprofundado estudo.
“Não contestei tempo porque procuro seguir as linhas da coerência e da justiça.
Sei que o projeto exigia estudo e não cometeria o equívoco de apontar que a atual
comissão tenha sentado em cima do projeto. Mesmo sendo, em sua maioria, da base
do prefeito (a comissão é composta pelos vereadores Joffre Neto/ PSB, Douglas
Carbonne/ PC do B e Salvador Soares/ PT), foi preciso mais de um mês para
exarar o parecer e eu fico satisfeita em perceber que, assim como no nosso
caso, a matéria foi estudada, analisada com critérios”, ressaltou Pollyana, que
lembrou também que o projeto chegou a Câmara com seis páginas e só chegou ao
volume de documentos apensos após seus apontamentos e diversas solicitações.
“Por meio dos documentos que pedimos, foi possível um estudo
cuidadoso e um detalhamento importante das obras a serem realizadas”, enfatizou.
CÂMBIO
Em relação ao câmbio, a parlamentar compartilhou que, embora
este seja um ponto que a preocupe, o Senado
e o Tesouro ainda terão de se manifestar neste sentido.
“É preciso que a população tenha conhecimento de que o
projeto que passa nesta Casa se trata de uma AUTORIZAÇÃO para que o Poder
Executivo busque o empréstimo. Porém, mesmo a aprovação deste projeto aqui na
Câmara não garante que a prefeitura obtenha os recursos, pois a nossa saúde
financeira terá de ser analisada pela União, que é a nossa avalista”, esclareceu.
Por precisar do crivo do Senado e do Tesouro, Pollyana adiantou que encaminhará aos dois órgãos os estudos que realizou sobre o projeto.
Pollyana também considerou que ainda com uma situação de
endividamento baixo do município, é preciso que se atente para a situação de
menor arrecadação ante a gastos maiores nos últimos tempos.
TAXAS DE JUROS
Sobre a taxa de juros contidas no projeto, Pollyana destaca
que são interessantes, visto que são bem abaixo do comumente praticado.
“Neste aspecto, vejo o projeto como algo positivo. Assim
como o Desenvolve São Paulo, que defendi, esse empréstimo tem taxas abaixo das
praticadas por instituições financeiras nacionais”.
CRÉDITO SUPLEMENTAR E EMENDA
Segundo a vereadora, sua preocupação quanto a essa questão a
levou a propor uma emenda ao artigo 4º do projeto, estabelecendo que para
adquirir crédito adicional, o Poder Executivo deverá solicitar autorização do
Poder Legislativo.
“Os apontamentos feitos pelo próprio vereador Joffre Neto,
em seu parecer, dão sustentação à nossa emenda. O colega aponta a ausência de
mecanismos de controle social da execução do programa. Deste modo, entendo que
a nossa proposta de emenda corrige essa deficiência do projeto e dá maior
transparência no que se refere ao acompanhamento de toda a aplicação dos recursos,
caso o empréstimo seja aprovado”, salientou a vereadora que deixou a
propositura acessível aos demais colegas que quisessem assiná-la coletivamente.